do Desejo...

O desejo é uma emoção destinada a nos levar para o mau caminho, persuadindo os que anseiam por amor, a fazer escolhas imprudentes.
Levando os que desejam uma família a exagerar nos momentos de raiva.
Permitindo que os solitários ajam de maneira impulsiva. E quando a busca do nosso maior desejo se torna uma obsessão, o melhor que podemos esperar é que um amigo dedicado se aproxime e nos detenha.
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...Discurso do Orador

Durante toda a minha vida escolar, eu jamais imaginei o quanto seria difícil escrever estas palavras. Quando eu cheguei aqui, no CEDUCS, em 2000, com oito anos de idade, uma criança, vendo o mundo de um modo tão pequeno, eu se quer supus as lições de vida que esta escola me traria, eu não fazia idéia do quão importante seria crescer entre estas paredes. Resumir dez anos em poucas palavras se torna cada vez mais mortificante à medida que a caneta risca o papel. Eu sei o quanto sentirei falta disso tudo, as cadeiras rabiscadas, a grama, as salas de aula, o cheiro do caderno novo e a euforia do primeiro dia de aula. As pessoas que aqui conheci, as confusões, as desilusões, os risos, e principalmente a infância aqui vivida, e hoje, por entre as mesmas paredes encerrada de forma tão rápida e seca.

Pensar que tudo está a apenas horas do fim, dói, mas a certeza de um novo ciclo que se inicia revigora e fortalece. Para que eu possa olhar pra trás, saudoso e com alegria.

Primeiramente quero agradecer a Deus, pela maravilhosa oportunidade de me conceder a vida, para que eu pudesse conhecer e conviver com essas pessoas que tanto marcaram a minha história. Muito obrigado meu Deus, por ser tão Amoroso.

Em segundo lugar quero agradecer a todos os Pais aqui presentes, por terem escolhido essa Escola para ser o segundo lar de vossos filhos, dando-nos assim a oportunidade de criarmos nossa própria família, não tão perfeita, não tão unida, muito menos sólida, mas feliz por tudo o que já vivemos juntos.

Em terceiro lugar, agradeço aos nossos queridos professores pelo fato de nos terem suportado por tantos anos. Eu sei que em muitos momentos fomos rebeldes, infantis e preguiçosos, mas essas são apenas características comuns dessa fase “aborrecente”. Amados Mestres, não pensem que nossos falatórios eram apenas tentativas eficazes de atrapalhar as aulas, nossos cérebros estavam sempre a mil, falar era necessário. Mas os seus constantes pedidos de silêncio, a sua paciência, e o seu afeto em muitas vezes mal demonstrado, foi o que nos tornou os jovens de fibra que somos hoje, capazes de lutar por nossos ideais de cabeça erguida. Reconhecemos que há mais de vocês em nós do que podemos supor.

Agora eu queria me dirigir às pessoas que são como mães para nós. Com o perdão dos demais, quero saudar a nossa querida Diretora Odalice Cunha, ressaltando o grande apreço que temos para com ela. Mas essa mensagem é especialmente para as duas mulheres que nos levantam e nos colocam no colo, que nos alertam sobre os perigos da vida, e que intercedem por nós junto aos professores: Risalva e Lindalva. Não sei se merecemos tudo o que vocês duas tem feito por nós, mas o fato é que vocês são o motivo de estarmos aqui hoje. Se não fosse sua total entrega à Educação, seu bom caráter, sua vontade de nos preparar para o mundo lá fora e principalmente, seu apoio e amor incondicional, dignos de uma mãe, nós jamais chegaríamos tão longe. Muito obrigado por nos fazerem pessoas de bem, por nos mostrarem que nem sempre o caminho mais fácil é também o mais correto. Espero que as próximas turmas que passem por essa situação, possam reconhecer o valor que vocês exercem nessa escola, o quão importante é o seu ofício, quão bonitos são os princípios que lhes movem. Obrigado acima de tudo, por acreditarem em nós.

Por ultimo, minha palavra vai em direção a vocês, meus amigos, meus irmãos. Eu sempre quis estar onde estou hoje, me formando, e acima de tudo, sendo o orador da minha turma. Obrigado por acreditarem na minha capacidade, mas devo admitir que a teoria é bem mais fácil do que a prática. Espero atender às suas expectativas. Queridos, ter convivido com vocês pelos últimos três anos foi uma experiência inigualável. Cada um a sua maneira, cada um com seus vícios. Pedaços de um grande quebra-cabeça, único, onde se faltar um só peça a imagem fica turva e desconexa. O que eu quero dizer com tudo isso, é que apesar das nossas diferenças, nós ainda somos aquela família bem diferente que deu gosto e sabor àquelas manhãs já vividas. É essa diferença que nos atrai um ao outro. Amigos, eu sempre soube da dor que viria com esse momento, ela é bem maior do que eu imaginei, sei que vocês sentem o mesmo. Quero lhes pedir algumas coisas, a primeira dela é que jamais se deixem abater. Sigam adiante, firmes e fortes. Percorram esse caminho que se abre a nossa frente de forma racional e sóbria, nada é fácil a partir de agora. Lutem por seus ideais com unhas e dentes, não deixem que o medo lhes imponha escolhas mais fáceis, metam a cara, quebrem-na se preciso for, mas nunca se tornem pessoas frustradas. Aprendam a reconhecer seus erros, e sejam humildes ao decidir recomeçar do zero. Nunca se esqueçam que os sonhos alimentam a alma, sonhem sempre, mesmo quando parecer humanamente impossível. Lembrem-se que nós sempre seremos uma Família, e Família quer dizer, nunca abandonar, ou esquecer. Peço desculpas por não ter sido bom o suficiente com todos. Espero poder revê-los mais adiante. Quero que vivam esse momento como se fosse o último, pois de fato ele é! Vivam sempre, e nunca deixem de lutar. Não sei se ainda me lembrarei do colégio exatamente como ele é, nem se os professores foram tão bons ou ruins como certamente ficarão em minha memória. Mas o que eu sempre saberei, é que o mais importante que eu aprendi aqui, foi o valor da amizade. Os amigos sempre presentes, para o bem, ou para o mal, nos melhores e nos piores momentos. É de vocês, que eu me lembrarei com mais nitidez. Amores, amigos, não importa o quão longe estaremos no futuro, sempre os levarei comigo, e sei que irei com vocês, porque naquilo que seremos amanhã, estará vivo e presente o que somos hoje.

A vocês, meus amigos do coração, não me canso de agradecer. Porque nessa época em que caminhamos juntos, de coração aberto, conseguimos fazer deste lugar, um bom lugar para se viver.

Obrigado!

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do que li e gostei...

Creme e seda: um
Provar, tocar, mui quero
A lua nos vê.
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Teatro da Vida Real


Sem ter muito o que contar, hoje escrevo sobre uma das minhas paixões. Do quê falar se não do Teatro? Sim, aquela antiga arte de representar. Não representar de uma forma mentirosa, mas representar a vida real, aquilo que se vive de fato. É disso que eu gosto. Refletir e relaxar. Sem muitas técnicas, apenas cumprindo o ofício pelo qual se dá a vida. A sensação de subir no palco nunca é igual, mesmo que você encene o mesmo espetáculo, cada apresentação tem um toque diferente: outro público, novos improvisos, novos erros! Sim, o teatro não se distancia tanto assim do mundo real, sempre existem pedras no caminho, sempre existem erros a serem corrigidos. O quê você leva pro palco é nada menos do que a essência do que você é. Esse é o meu prazer de atuar. Hoje, pela penúltima vez, subi em um palco com pessoas com quem convivo há exatos cinco anos, desde os meus treze, quando eu provei do palco pela primeira vez. Não quero parar, não posso parar. Quando se é novo no teatro, existe uma certa resistência, uma apreensão desnecessária, mas para isso temos um artefato infalível: a maquiagem! Você reboca o rosto com ela, se esconde ao máximo para não passar vergonha. Hoje, com tantas coisas acontecendo, tantas coisas deixadas para trás em detrimento de novas escolhas, é que lavo toda a maquiagem do meu rosto, me dispo dos meus medos e me preparo para viver o teatro da vida real, onde técnica alguma me trará resultado se eu não me esforçar para tal. Fico feliz por ter vivido esse dia de forma atropelada, correndo para se maquiar, subindo no palco, e por fim descer aplaudido. Espero poder viver sempre assim. Mesmo com todos os erros do caminho, quero ser sempre aplaudido no final, não pelo fato de ambicionar ser o melhor, mas pelo fato que querer ser reconhecido pelo que fiz.

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Ao infinito e além...


Quem não se lembra desse bordão do inesquecível personagem Buzz Lightyear dos animados Toy Story? Ao infinito e além... Foi assim que me senti hoje desde o momento em que abri os olhos, sendo lançado ao infinito e além! No momento em que vivo agora, não consigo me preocupar com outra coisa que não seja o futuro. Na verdade não é bem preocupação, é apenas o fato de não se ter certeza do que pode acontecer, apesar de metas já bem definidas, cada ação produz a sua reação singular, e mesmo que você faça a mesma coisa amanhã ou depois, as reações já não serão as mesmas, disso eu tenho medo. Mas estou despreocupado com o fato de saber que tenho apoio. Amanhã começa a contagem regressiva para o começo de uma nova etapa, a Universidade. Eu não sei bem o que me espera por lá, mas sei que sou esperado. Já me disseram que eu não estou mais com o perfil de um aluno de ensino médio, embora isso possa ter sido um elogio, eu não me vejo pronto pra abandonar essa vida de adolescente, ou será que eu tenho apenas medo? O fato de ter medo é normal, eu sei, mas isso nunca me impediu de fazer nada, e nem vai impedir agora! Eu estou realmente pronto pra meter a cara, pelo menos na teoria. Não terei medo de ousar, fato! Eu quero muito alcançar esse infinito desconhecido.
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A Estrada

Acabei de chegar de mais uma aula de direção na madrugada. Mais uma vez dirigi na estrada do aeroporto! Simplesmente me surpreendi com a facilidade que existe nisso, e com a tranquilidade que há em controlar o automóvel numa estrada praticamente deserta e estrelada. Se eu soubesse que era assim tão bom, já teria metido a cara antes! Ainda bem que a Dra. Leonice, mãe da Laís, me obrigou a sentar no banco do motorista! A sensação de dirigir é quase a de voar, se bem que eu nunca voei, mas deve ser tão bom quanto. Hoje não durmo mais, fato!
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...de tinta e papel!

eu sempre gostei muito de ler, mas ultimamente eu tenho me esquecido dos meus livros. Eles gritam por atenção, eu juro que não gosto de ser displicente com os meus amores, mas eu tenho andado meio distraído. A questão é, quanto essa "distração" tem me ocupado? Eu estou tentando ser uma pessoa melhor, hoje comprei mais dois livros, nem vou dizer quais foram. Com mais esses, a lista de livros que ainda faltam ser lidos sobe simplesmente para 17 obras! Gente, eu vou me matar se não ler todos nessas férias. Amanhã será um novo dia, eu vou me inscrever do vestibular da Ulbra, de fato tenho certeza que vou estudar por lá mesmo. Hoje mais uma vez eu dirigi um carro, tudo bem, eu não saí de 20km/h, mas um dia eu chego no triplo! Comecei a ler O Morro dos Ventos Uivantes, espero não ter que largar pela metade. Eu sou meio estranho, entro em um assunto e acabo saindo por outro, preciso me concentrar mais na tinta e no papel!
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Ultimamente eu tenho pensado...

...no quanto escrever me faz bem, isso é de fato algo que eu sei fazer. Por que não percebi antes?
tudo fica tão turvo quando pensamos que não somos capazes de fazer as coisas que gostamos e damos ouvidos ao que as outras pessoas falam. A verdade é que eu descobri o quanto eu gosto de escrever e o quanto isso me traz paz! Depois de visitar vários blogs, eu descobri uma coisa, eu não quero ser visitado, eu só quero dar vazão às coisas que eu sinto, não que eu seja um problemático, mas é bom compartilhar os pensamentos, os sentimentos, os ressentimentos, enfim, aquelas coisas que nos sufocam, para o bem ou para o mal. Hoje é 19 de novembro, estou terminando o 3º ano do ensino médio, e é bem difícil imaginar que só restem para mim 6 fugazes dias de colégio.
Quando o ano começou eu só pensava no final, hoje eu só queria que o tempo parasse e retrocedesse. Hoje foi um dia difícil afinal. O Levi, meu professor de história, se emocionou na sua ultima aula com a minha turma, ele sim é um exemplo que eu vou guardar pra sempre, apesar de ele não bater bem da bola! Houve choro, é inevitável. Eu só espero poder viver essa última semana aproveitando cada segundo, afinal é a conclusão de uma etapa inigualável!

Eu pus algo mais ou menos assim no twitter: "Pensar na vida sem o colégio dói. Vivê-la deve ser pior... estamos tentando...nem sempre sorrindo, mas sempre seguindo adiante!"

É como eu quero viver o dia de hoje!
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